A libertação de Auschwitz completa 80 anos e lembra o impacto das atrocidades nazistas, sendo um marco na história do Holocausto
No dia 27 de janeiro de 1945, o Exército Vermelho libertou o campo de concentração de Auschwitz, na Polônia, onde milhares de prisioneiros foram submetidos a condições desumanas. A libertação do campo escancarou para o mundo os crimes cometidos pelo regime nazista, revelando a magnitude do Holocausto. Os soviéticos encontraram cerca de sete mil prisioneiros debilitados, vítimas do abandono dos nazistas, que já haviam partido em direção à Frente Ocidental.
Auschwitz, o maior campo de extermínio administrado pelos nazistas, foi o local de morte de mais de um milhão de judeus. Entre 1940 e 1945, o campo foi responsável por algumas das maiores atrocidades do regime de Hitler. Durante o auge das deportações, entre 1943 e 1944, cerca de seis mil pessoas eram assassinadas por dia nas câmaras de gás. A descoberta de Auschwitz, que completou 80 anos em 2025, fez com que a ONU instituísse o Dia Internacional em Memória às Vítimas do Holocausto.
As marchas da morte e a libertação tardia
Antes da chegada dos soviéticos, os nazistas forçaram cerca de 60 mil prisioneiros a participar das “Marchas da Morte”. Sob condições extremas, os nazistas deslocavam os prisioneiros a pé em pleno inverno europeu, muitos morrendo de exaustão ou sendo baleados por não conseguirem acompanhar o ritmo. Quando o Exército Vermelho chegou a Auschwitz, o campo já estava deserto, com os prisioneiros sobreviventes sem forças para fugir ou abandonar os barracões.
Auschwitz se tornou o símbolo do Holocausto, e sua libertação é um marco na história universal. Como afirma o historiador Avraham Milgram, o campo reflete a tentativa dos nazistas de exterminar os judeus, sendo um ponto de reflexão constante sobre os horrores da Segunda Guerra Mundial.
Fonte: Estadão