Mesmo no hospital, Marçal fez duras críticas a Ricardo Nunes e acusou o prefeito de envolvimento com a máfia das merendas, além de perdoar Datena após o tumultuado debate
Pablo Marçal, candidato à prefeitura de São Paulo pelo PRTB, foi hospitalizado no Sírio Libanês após um incidente durante o debate que ocorreu ontem. Ainda hospitalizado, Marçal fez uma live na madrugada de hoje disparando críticas severas contra Ricardo Nunes, atual prefeito de São Paulo, e mencionando o envolvimento de sua família em desvios relacionados à merenda escolar.
Marçal não poupou palavras ao falar sobre os escândalos de corrupção que, segundo ele, envolvem diretamente a esposa e a filha de Nunes. “Você não vai sentar mais na cadeira de prefeito por causa das merendas. Por causa do dinheiro que sua esposa e a sua filha receberam”, disse o candidato, referindo-se a investigações que apontam desvio de verba nas escolas municipais. Ele também mencionou uma reportagem recente da Globo que aponta mais de 100 pessoas indiciadas pela Polícia Federal no esquema de fraudes nas merendas.
“Vai tomar merenda das crianças, cara? Você é maluco!”, afirmou, chamando Nunes de “patético ” e “banana ” em sua transmissão ao vivo. As declarações de Marçal vêm em um momento sensível da campanha, já que o atual prefeito também está no páreo pela reeleição.
Datena perdoado
Durante a live, Marçal também se referiu ao jornalista e candidato José Luiz Datena, com quem teve um embate acalorado durante o debate. Marçal disse que perdoa Datena, que o agrediu e foi expulso do evento. “Luiz, pela agressão que você me fez, você está perdoado. Você é um cara que merece perdão. Eu te perdoo. Tá tudo bem. Você pode seguir sua vida em paz”, afirmou.
Marçal ainda destacou o comportamento de Datena como “inadequado”, principalmente diante das acusações de assédio sexual que o jornalista enfrenta. “O nível de agressão dele mostra que, quando ele não está no controle, ele invade a esfera de segurança da pessoa. Imagine de uma mulher”, disse Marçal, referindo-se ao caso de assédio envolvendo uma ex-funcionária da Band, do qual Datena foi acusado, e Marçal levantou suspeita durante o debate de que a vítima pode ter recebido milhões de Datena para silenciar.