Rússia realiza o maior ataque de drones contra a Ucrânia, causando danos à infraestrutura e atingindo residências. Novos envolvidos e tensões aumentam
O maior ataque de drones da Guerra
Nesta terça-feira (26), as forças russas realizaram o maior ataque de drones desde o início da guerra, atingindo diversas áreas da Ucrânia. O alvo principal foi a infraestrutura elétrica, com destaque para a cidade de Ternopil, localizada no oeste do país. As forças russas lançaram aproximadamente 188 drones; as tropas ucranianas abateram 76, enquanto 96 escaparam, provavelmente devido a interferências eletrônicas ativas. As autoridades ucranianas afirmaram que cinco drones se dirigiram a Belarus, enquanto o restante atacou regiões no território ucraniano.
Além de danificar a rede elétrica de Ternopil, que deixou 70% da região sem energia, o ataque também afetou várias áreas residenciais na região de Kiev. Edifícios e apartamentos foram danificados, mas não houve vítimas fatais. O ataque é descrito como parte de uma estratégia russa que utiliza drones “suicidas” e “chamarizes”, que sobrecarregam as defesas aéreas da Ucrânia.
Intensificação do conflito
O ataque com drones coincide com uma intensificação dos avanços russos no leste da Ucrânia, onde as forças russas têm conseguido ganhos territoriais significativos desde 2022. Segundo a Força Aérea da Ucrânia, os drones lançados pela Rússia, muitos deles do tipo Shahed, são produzidos de maneira barata, mas têm se mostrado eficazes em suas missões. No entanto, a defesa ucraniana tem se mostrado resiliente, com os sistemas de defesa aérea destruindo dezenas de drones durante os ataques.
Além disso, a Rússia não se limitou ao uso de drones. Nas últimas semanas, a Ucrânia relatou a destruição de 38 drones russos em diversos ataques, incluindo nas regiões de Cherkasy, Chernihiv, Kyiv e Mykolaiv. Embora ninguém tenha se ferido nesses ataques, eles causaram danos substanciais à infraestrutura elétrica e aos sistemas de fornecimento de energia.
O impacto global
O cenário do conflito se torna ainda mais complexo com o envolvimento direto de novos atores internacionais. Recentemente, a Coreia do Norte enviou tropas para apoiar a Rússia, o que foi confirmado pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. As forças ucranianas entraram em confronto com soldados norte-coreanos, o que ampliou as tensões no cenário internacional. A comunidade internacional tem condenado esse apoio militar, com o G7 expressando preocupação sobre as possíveis implicações, especialmente em relação ao compartilhamento de tecnologia nuclear e mísseis.
Esses novos desenvolvimentos indicam uma escalada do conflito, com a Rússia utilizando novas táticas e a guerra atraindo mais atores internacionais. A Ucrânia, por sua vez, continua a resistir bravamente aos ataques aéreos e a intensificação das frentes de batalha no leste do país.
Fonte: InfoMoney