Após 13 anos de guerra civil, rebeldes sírios liderados pelo HTS derrubam o regime de Bashar al-Assad em ofensiva relâmpago e tomam Damasco
Avanço Rebelde
Após 13 anos de guerra civil, o regime de Bashar al-Assad caiu neste domingo (8). Rebeldes liderados pelo Hayat Tahrir al-Sham (HTS) conquistaram Damasco em uma ofensiva relâmpago. A ação começou em 27 de novembro, avançando por cidades estratégicas como Aleppo, Hama e Homs, culminando no cerco à capital. Assad fugiu para um local desconhecido, deixando um vácuo de poder no país.
O colapso do regime ocorre após anos de conflitos internos e externos. Durante seu governo de 24 anos, Assad enfrentou a ascensão do Estado Islâmico e a intervenção de potências internacionais. Apesar de recuperar territórios com o apoio de aliados como Rússia e Irã, os últimos meses trouxeram desafios. O enfraquecimento da ajuda militar externa abriu caminho para o avanço rebelde, que capturou mais de 50 áreas por dia durante os combates.
Reações Internacionais
A ONU pediu negociações urgentes para assegurar uma transição política pacífica e evitar o agravamento do caos. A Resolução 2254, que prevê eleições livres e um governo de transição, foi destacada como a base para os próximos passos. Especialistas alertam que o país precisa de medidas firmes para evitar novas divisões internas ou represálias.
O primeiro-ministro sírio, Mohammad Ghazi al-Jalali, afirmou estar disposto a colaborar, mas não teve contato com Assad. As potências globais reagem com cautela. Os Estados Unidos afirmaram monitorar a situação, enquanto Rússia e Irã ainda não se pronunciaram. Enquanto isso, celebrações em Damasco mostram esperança por um novo começo, mas também incertezas sobre o que está por vir.
Estima-se que a guerra civil deixou mais de 500 mil mortos e milhões de deslocados. O colapso do regime representa um momento histórico, mas também abre espaço para novos desafios. A reconstrução do país será um longo caminho, exigindo apoio internacional e liderança interna estável.