Greve na Starbucks mobiliza mais de 5 mil trabalhadores e afeta 300 lojas nos EUA. Impasse salarial e operário é foco das reivindicações
Maior mobilização da história da Starbucks
A greve organizada pelo sindicato Starbucks Workers United (SWU) alcança proporções históricas nos Estados Unidos, mobilizando mais de 5 mil trabalhadores em 300 lojas espalhadas pelo país. Essa paralisação, considerada a maior já registrada na rede de cafeterias, se intensificou à medida que as negociações entre o sindicato e a empresa chegaram a um impasse.
As demandas não atendidas sobre aumento salarial, melhores condições de trabalho e escalas mais justas impulsionaram o movimento iniciado na última sexta-feira (20). Segundo o sindicato, a falta de avanço nas negociações motivou a expansão da greve, que também busca pressionar a Starbucks a firmar um contrato sindical.
Na segunda-feira (23), mais de 60 lojas em cidades como Nova York, Los Angeles, Boston e Seattle permaneceram fechadas. “Essas greves são apenas o começo de nossa luta por condições mais justas e melhores oportunidades”, afirmou um barista do Oregon, em comunicado divulgado pelo SWU.
Negociações
Apesar do fechamento de diversas unidades, a Starbucks declarou que entre 97% e 99% de suas lojas continuaram operando normalmente. A empresa, que possui mais de 10 mil lojas nos EUA, destacou que espera um impacto “muito limitado” em suas operações.
A Starbucks afirma estar disposta a retomar as negociações com o sindicato, mas acusa os delegados do SWU de encerrarem prematuramente a última sessão de diálogo. Por outro lado, o sindicato argumenta que a empresa ainda não apresentou uma proposta econômica satisfatória. Eles ressaltam que a oferta atual inclui apenas um aumento salarial de 1,5% para os próximos anos.
A greve também destaca uma tendência maior de organização sindical no setor de serviços nos Estados Unidos. Caso as reivindicações não sejam atendidas, o sindicato alerta que mobilizações ainda mais amplas podem ocorrer.