Episódios de violência política no Brasil e no exterior expõem a fragilidade da democracia e acendem alerta para novos nomes que buscam espaço na política, como o pré-candidato Pablo Marçal.
O recente atentado contra o ex-presidente Donald Trump durante um comício nos Estados Unidos acende um alerta vermelho para os perigos que a democracia corre em tempos de polarização política. As imagens do ataque, que por pouco não culminou em tragédia, ecoaram mundo afora como um lembrete brutal da fragilidade da ordem democrática quando o discurso de ódio e a intolerância se tornam armas políticas.
No Brasil, as recentes ameaças de morte sofridas pelo empresário e pré-candidato à prefeitura de São Paulo pelo PRTB, Pablo Marçal, e o atentado a tiros contra um dos membros de sua pré-campanha, o ex- deputado Márcio Camargo, ganham contornos ainda mais preocupantes à luz do ocorrido com Trump. Embora as investigações sobre os casos ainda estejam em curso, é inegável que ambos compartilham de um pano de fundo marcado pela polarização ideológica e pelo discurso de ódio, amplificados pela atuação da extrema imprensa e das redes sociais.
É preciso reconhecer que a escalada da violência política não se restringe a um país ou ideologia. O ataque a faca sofrido por Jair Bolsonaro em 2018, durante a campanha eleitoral, serve como um exemplo contundente dos perigos que a intolerância representa para a democracia brasileira.
Heroísmo x Reputação
Enquanto a sociedade se distrai com ídolos do esporte e da música, figuras externas ao ambiente político, como Marçal, que poderiam desfrutar do conforto e segurança de suas bem-sucedidas carreiras, escolhem se lançar no campo minado da vida pública. Enfrentam a fúria da militância, a desconstrução midiática de suas imagens e, como demonstram os fatos recentes, até mesmo a ameaça da violência, colocando em risco não apenas suas próprias vidas, mas também a segurança de seus familiares e correligionários.
A escalada da violência política exige uma resposta firme e unânime da sociedade. É preciso resgatar o debate político baseado no respeito, na tolerância e na busca por soluções para os problemas do país. Afinal, uma democracia forte se constrói com diálogo, e não com medo.