Em entrevista ao SBT, Bolsonaro diz ser maior líder da direita e que eleições sem ele em 2026 seriam uma afronta à democracia
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, em entrevista ao SBT Brasil na noite desta segunda-feira (21), que é o único nome viável da direita. “A maioria da população não quer outro nome na direita que não seja Jair Messias Bolsonaro. E ponto final”, disse. Segundo ele, a eleição de 2026 será incompleta sem sua presença. “Quer queira, quer não, eu sou o maior líder da direita na América do Sul. Talvez do mundo”, declarou. Ele também afirmou que pretende registrar sua candidatura no último momento. “O TSE terá poucas semanas para decidir. Acredito que até lá estarei movimentando multidões pelo Brasil.”
Negou participação em plano golpista
Durante a entrevista, Bolsonaro negou qualquer envolvimento em tramas golpistas, como o plano batizado de “Punhal Verde e Amarelo”, que previa até o assassinato de autoridades. “Soubemos disso pelo vazamento da PF junto à imprensa. Não participei de nenhuma conspiração. Não existe minuta de golpe.” Ele também rebateu a acusação de abuso de poder: “Estou inelegível porque me reuni com embaixadores e subi num carro de som do pastor Silas Malafaia. Isso é um absurdo.”
Mesmo admitindo que há “bons nomes” à direita, Bolsonaro evitou citar possíveis substitutos. “Esses candidatos têm que começar a rodar o Brasil. A esquerda não tem um nome razoável. Se for o Lula, pior ainda.” Bolsonaro reforçou a narrativa de que está sendo perseguido politicamente. “É uma batalha difícil. Estou inelegível por atos que não têm nenhuma gravidade. É um processo político, não técnico.” Sobre o projeto de anistia aos condenados pelo 8 de janeiro, disse que caiu nele “por coincidência”. “O que me interessa é dar liberdade a esses pobres coitados. Estão presos há anos, foragidos, ou sem julgamento. É de cortar o coração.”