Construções urbanas no Brasil superam crescimento populacional: desafios e perspectivas

Construções urbanas no Brasil superam crescimento populacional: desafios e perspectivas

Construções urbanas no Brasil cresceram mais que a população, apontando especulação imobiliária e desafios para o planejamento urbano sustentável


Expansão urbana

Entre 1993 e 2020, o volume de construções nas cidades brasileiras aumentou mais do que a população, conforme estudo da WRI Brasil,  publicado, nessa quarta-feira (26). A pesquisa analisou 180 áreas urbanas, incluindo 30 cidades médias e grandes, utilizando dados de satélite para mapear a evolução tridimensional das edificações. Os resultados indicam que 55% do crescimento populacional foi acomodado pela verticalização, enquanto 45% ocorreu por expansão horizontal. 

Grandes centros urbanos, como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, apresentaram significativa verticalização. Em contraste, cidades médias, como Cuiabá e Manaus, expandiram-se predominantemente de forma horizontal. 

O estudo sugere que o descompasso entre o crescimento das construções e o aumento populacional pode estar relacionado à especulação imobiliária. A construção de edifícios que permanecem vazios ou subutilizados contribui para a redução da densidade populacional em áreas urbanas. 

Essa dinâmica levanta preocupações sobre a eficiência do uso do espaço urbano e a necessidade de políticas que promovam um equilíbrio entre densidade populacional e oferta de infraestrutura. O planejamento urbano sustentável deve considerar a relação entre expansão horizontal e vertical para garantir cidades com acesso menos desigual a oportunidades e moradia adequada. 

Impactos ambientais

A expansão urbana desordenada, seja por verticalização ou horizontalização, pode acarretar impactos ambientais significativos. A ocupação de áreas verdes, margens de rios e encostas para construção compromete ecossistemas naturais e aumenta a vulnerabilidade a desastres, como enchentes e deslizamentos. 

Socialmente, a expansão descontrolada pode acentuar desigualdades, dificultando o acesso a serviços básicos, como transporte, saúde e educação. A dispersão urbana pode resultar em maiores distâncias entre moradias e locais de trabalho, aumentando o tempo de deslocamento e os custos associados. 

Para enfrentar os desafios decorrentes do crescimento urbano descompassado, é fundamental a implementação de políticas públicas que promovam o desenvolvimento sustentável das cidades. Instrumentos como o Desenvolvimento Orientado ao Transporte Sustentável (DOTS) podem auxiliar na criação de áreas urbanas mais compactas, conectadas e coordenadas, reduzindo o espraiamento e promovendo a eficiência no uso do solo. 

Além disso, é essencial que os planos diretores municipais incorporem diretrizes que equilibrem o crescimento populacional e o volume de construções, evitando a especulação imobiliária e garantindo o acesso igualitário à infraestrutura urbana. A participação da comunidade no processo de planejamento é crucial para assegurar que as necessidades locais sejam atendidas de forma eficaz.

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