Corte Constitucional destitui presidente sul-coreano Yoon Suk Yeol após tentativa de lei marcial

Corte Constitucional destitui presidente sul-coreano Yoon Suk Yeol após tentativa de lei marcial

Decisão unânime remove Yoon Suk Yeol do cargo após decreto de lei marcial; eleições antecipadas serão realizadas em até 60 dias


Corte Constitucional destitui presidente Yoon Suk Yeol

A Corte Constitucional da Coreia do Sul decidiu, por unanimidade, destituir o presidente Yoon Suk Yeol nesta sexta-feira (4), em resposta à sua tentativa de impor lei marcial em dezembro de 2024. A decisão obriga o país a realizar eleições presidenciais antecipadas dentro de 60 dias, com o primeiro-ministro Han Duck-soo assumindo interinamente a presidência. 

Em 3 de dezembro de 2024, Yoon Suk Yeol declarou lei marcial, acusando o Partido Democrático da Coreia de atividades “antiestado” e colaboração com “comunistas norte-coreanos”. A medida proibiu atividades políticas, incluindo reuniões da Assembleia Nacional, e suspendeu a liberdade de imprensa. Forças militares e policiais bloquearam a entrada dos legisladores no Parlamento, o que provocou confrontos. Apesar das tentativas de bloqueio, 190 legisladores reuniram-se e votaram unanimemente pela revogação da lei marcial, forçando Yoon a recuar horas depois.

O Parlamento aprovou o impeachment de Yoon em 14 de dezembro, com apoio de membros do próprio partido governista, o Partido do Poder Popular (PPP). A decisão aguardava confirmação da Corte Constitucional, que agora determinou a remoção definitiva de Yoon do cargo. 

Reações e cenário político

A destituição de Yoon gerou reações diversas. Milhares de manifestantes contrários ao ex-presidente comemoraram nas ruas de Seul, enquanto apoiadores expressaram descontentamento. O líder da oposição, Lee Jae-myung, do Partido Democrático, é apontado como favorito nas pesquisas para a sucessão presidencial, apesar de enfrentar processos judiciais relacionados a acusações de suborno e escândalos de desenvolvimento. 

No campo conservador, Han Dong-hoon, ex-líder do PPP, surge como potencial candidato, conhecido por se opor à declaração de lei marcial de Yoon. Outros possíveis candidatos incluem o Ministro do Trabalho Kim Moon-soo, o prefeito de Seul Oh Se-hoon e o prefeito de Daegu Hong Joon-pyo. 

O próximo presidente enfrentará desafios significativos, incluindo tensões comerciais com os Estados Unidos, que impuseram tarifas de 25% sobre produtos sul-coreanos, afetando setores estratégicos como automóveis, aço e eletrônicos. Além disso, a sociedade sul-coreana permanece polarizada após a crise política, exigindo esforços para restaurar a confiança pública e a estabilidade democrática. 

A tentativa de Yoon de impor lei marcial e sua subsequente destituição ressaltam desafios persistentes na política sul-coreana, onde vários líderes enfrentaram impeachments, acusações de corrupção ou saídas controversas. Isso reflete desafios estruturais e políticos mais profundos na governança do país.

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