Terremoto de magnitude 7,1 entre Tibete e Nepal deixa 126 mortos e quase 200 feridos. Resgate enfrenta desafios; região é propensa a sismos devastadores
Região devastada por tremores intensos
Na manhã desta terça-feira (7), um terremoto de magnitude 7,1 abalou a região entre o Tibete e o Nepal, deixando pelo menos 126 mortos e quase 200 feridos. O epicentro foi registrado no condado de Tingri, próximo à cidade tibetana de Shigatse, a uma profundidade de apenas 10 km, conforme o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS). A China reportou a magnitude como 6,8.
A região atingida, situada a cerca de 75 km ao norte do Monte Everest, é conhecida por sua intensa atividade sísmica devido ao encontro das placas tectônicas da Índia e da Eurásia. Este evento causou destruição generalizada, com cerca de 1.000 residências danificadas e mais de 50 tremores secundários registrados nas horas subsequentes.
No Nepal, moradores de Katmandu, a cerca de 230 km do epicentro, sentiram fortes tremores, que os levaram a sair de suas casas em pânico. O terremoto reacendeu o temor na região, enquanto o impacto emocional e a memória de eventos passados, como o de 2015 que deixou 9.000 mortos, persistem.
Resposta emergencial e desafios no resgate
O governo chinês mobilizou mais de 3.000 socorristas, incluindo bombeiros e trabalhadores de emergência, para as áreas afetadas. O presidente Xi Jinping ordenou um esforço abrangente de resgate e anunciou um fundo de 100 milhões de yuans (cerca de 13,7 milhões de dólares) para auxiliar as vítimas.
A altitude elevada, de aproximadamente 4.200 metros, aliada às baixas temperaturas e às dificuldades de acesso, complicaram as operações de resgate. O terremoto atingiu duramente comunidades a menos de 5 km do epicentro, enquanto muitas regiões ainda enfrentam instabilidade no fornecimento de energia e comunicação.
O susto se generalizou no Nepal, embora não tenham registrado vítimas. Especialistas reforçaram a necessidade de preparação para desastres em uma região tão propensa a eventos sísmicos.
O Himalaia é uma das regiões mais sísmicas do mundo. Nos últimos 100 anos, ocorreram pelo menos 10 terremotos de magnitude 6 ou superior na área afetada. Em 2015, o Nepal enfrentou um terremoto devastador de magnitude 7,8, que deslocou o Monte Everest em 3 cm e resultou em milhares de mortes.
Os cientistas alertam que a movimentação constante das placas tectônicas aumenta o risco de grandes terremotos na região. Esses eventos ressaltam a importância de infraestruturas resilientes e de programas de educação sísmica para mitigar futuros desastres.