Janeiro de 2025 foi o mês mais quente do planeta, superando recordes históricos e gerando novos alertas sobre as mudanças climáticas
Em janeiro de 2025, a Terra registrou a temperatura mais alta já registrada em um mês, com uma média de 1,75°C acima dos níveis pré-industriais. O valor supera o recorde anterior. Ele marca um novo capítulo na série histórica de aquecimento global monitorada pelo Serviço Copernicus para Mudanças Climáticas da União Europeia. O mês teve uma temperatura média de 13,23°C na superfície do planeta, um reflexo claro dos efeitos contínuos do aquecimento global.
Embora o fenômeno climático La Niña tenha exercido um efeito temporário de resfriamento, os dados de janeiro de 2025 não mostraram uma diminuição significativa. As temperaturas permaneceram elevadas. Samantha Burgess, do Centro Europeu de Previsões Meteorológicas de Médio Prazo (ECMWF), destacou que, apesar das expectativas, o aquecimento persistente continua, com o planeta em um ciclo de 18 meses consecutivos de temperaturas superiores a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais.
Impactos climáticos e aumento das temperaturas globais
Esse aumento de temperaturas teve implicações globais, com as regiões mais afetadas sendo o sudeste da Europa, América do Sul, África, e partes da Sibéria e Alasca. A temperatura média da superfície do mar em janeiro foi de 20,78°C, o segundo valor mais alto já registrado para o mês. Além disso, o aumento de chuvas em várias partes do mundo causou inundações. As precipitações ficaram acima da média em áreas como a Europa Ocidental e o sudeste da África.
Os especialistas apontam que o aumento contínuo das temperaturas e a resistência da La Niña são sinais claros de que as mudanças climáticas estão mais intensas do que o esperado. Para o futuro, a crescente emissão de gases de efeito estufa é vista como a principal responsável por este cenário. Isso alerta para a urgência de ações mais efetivas para mitigar os impactos do aquecimento global.