Mais de 70 pessoas morreram no ataque aéreo dos EUA a um porto no Iêmen, com Houthis acusando Washington de crime de guerra
Nesta última quinta-feira, (17), um ataque aéreo dos Estados Unidos atingiu o porto petrolífero de Ras Isa, no oeste do Iêmen, resultando na morte de pelo menos 74 pessoas e deixando mais de 170 feridos. O bombardeio foi parte da ofensiva dos EUA contra os rebeldes Houthis, que controlam a região. A maioria das vítimas era composta por trabalhadores do porto e equipes de resgate, segundo fontes locais.
O Comando Central dos EUA afirmou que o objetivo da missão era destruir uma importante fonte de receita para os Houthis, que utilizam o porto para exportação ilegal de petróleo, financiando suas atividades militares. A operação visava reduzir a capacidade do grupo de sustentar sua guerra contra o governo do Iêmen e suas operações no Mar Vermelho.
Houthis acusam os EUA de crimes de guerra
Os Houthis, por sua vez, reagiram acusando os Estados Unidos de cometer um “crime de guerra”. Eles alegaram que o ataque atingiu uma instalação civil crucial, que abastecia uma parte significativa da população iemenita com combustível e outros suprimentos essenciais. Para os rebeldes, o bombardeio representou uma violação da soberania do país e um ataque indiscriminado contra a população civil.
O Irã, aliado dos Houthis, também condenou o ataque, considerando-o uma violação dos direitos humanos e das normas internacionais. O governo do Iêmen, reconhecido internacionalmente, afirmou que os Houthis transformaram o porto em uma base para atividades ilícitas, incluindo o contrabando de armas e combustível.
O ataque aos Houthis faz parte de uma escalada nas tensões entre os Estados Unidos e o grupo militante, com bombardeios regulares desde março. A ofensiva norte-americana busca desestabilizar a capacidade dos Houthis de operar no Mar Vermelho e reduzir suas ações contra navios comerciais. No entanto, a violência tem gerado um crescente número de vítimas e levantado críticas internacionais sobre os danos colaterais. Com o aumento da violência, o futuro do conflito no Iêmen parece cada vez mais incerto, com novas ameaças e represálias por ambas as partes.