O ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou nesta sexta-feira (19) o prazo de 72 horas para que o Pros e o empresário Pablo Marçal manifestem-se sobre a situação da candidatura dele à presidência da República. O nome dele foi definido pelo grupo de Marcus Holanda, que foi destituído do comando da sigla em seguida em meio à guerra judicial.
A determinação de Moraes aconteceu no mesmo dia em que a decisão do órgão foi confirmada pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para voltar Eurípedes Júnior ao comando nacional do partido. O caso envolve acusações de supostos desvios do fundo partidário, suspeita de falsificação de assinaturas e até tentativa de vender o partido.
O advogado Bruno Pena, que defende o presidente nacional do Pros, Eurípedes Júnior, disse em entrevista ao Metrópoles que a candidatura de Marçal foi “cancelada” e reforçou que o partido passou a apoiar a chapa Lula-Alckmin no primeiro turno. O apoio foi declarado, oficialmente, no dia 3 de agosto, durante reunião do partido com o núcleo duro da campanha do PT e PSB.
Marçal rebateu: “Eu só paro a minha campanha em 2/10 e, se preciso for, foi até 30/10”, disse ele à reportagem, referindo-se às datas do primeiro e segundo turnos das eleições, em outubro deste ano. “Sem chance de voltar atrás. Grandes juristas dizem que só em caso de óbito ou renúncia da minha parte para anular a minha candidatura”.
A determinação do presidente do TSE é para intimar tanto Marçal e a vice da chapa, Fátima Pérola Neggra, quanto o diretório nacional do partido sobre as atas da convenção nacional e o pedido de cancelamento do registro junto à Justiça Eleitoral, em meio a uma série de idas e vindas na guerra interna no partido.
Fonte: Metrópoles