Países frágeis cobram US$ 20 bilhões anuais na COP29 para combater as mudanças climáticas e enfrentar crises
A COP29, realizada em Baku, Azerbaijão, está sendo chamada de “COP do financiamento”. Os países frágeis e em conflitos têm pressionado para dobrar o financiamento climático para mais de US$ 20 bilhões anuais. O objetivo é enfrentar os impactos de desastres naturais e crises de segurança, que afetam gravemente suas populações. Em 2022, esses países receberam apenas US$ 8,4 bilhões em financiamento, cerca de 25% do necessário para atender suas demandas.
Essa iniciativa ganhou força com o lançamento da “Rede de Países Vulneráveis ao Clima”. O grupo busca unir forças para atrair mais investimentos e desenvolver plataformas nacionais que facilitem o apoio a projetos locais. Países como Burundi, Chade e Somália estão entre os membros, enfrentando dificuldades em atrair investimento privado devido a riscos associados a conflitos.
Foco em justiça climática
Na COP29, os líderes destacaram a importância de alinhar os recursos ao Acordo de Paris. A meta de mobilizar pelo menos US$ 100 bilhões anuais antes de 2025 ainda não foi atingida. Além disso, espera-se a definição de um “Novo Objetivo Coletivo Quantificado” para aumentar a qualidade e quantidade de financiamento climático.
Organizações como a Cordaid enfatizam que os mecanismos de financiamento devem ser justos e não gerar dívidas adicionais para os países mais pobres. Essa abordagem é crucial, já que as nações menos desenvolvidas, embora pouco responsáveis pelas emissões globais, são as mais afetadas pelas mudanças climáticas.
Caminhos para um futuro sustentável
Entre as propostas para financiamento climático estão as “taxas solidárias”, que incluem tributações sobre setores como criptoativos e plástico. A medida visa arrecadar fundos bilionários enquanto desestimula práticas prejudiciais ao meio ambiente.
Além disso, líderes buscam estratégias para fortalecer a resiliência climática em comunidades vulneráveis, destacando a urgência de agir antes que os impactos do clima se tornem irreversíveis. A COP29 segue como um marco no debate sobre o financiamento climático, promovendo maior inclusão e justiça para os mais necessitados.