Pesquisa revela que 56% dos testes indicam internet abaixo da contratada e 63% dos brasileiros estão insatisfeitos com a banda larga fixa
O brasileiro está entre os mais conectados do mundo, mas a qualidade da internet fixa ainda deixa a desejar e é razão de insatisfação de 63% dos consumidores. A pesquisa inédita Percepção da Internet Residencial 2025 mostra que 56% dos testes de velocidade realizados pelos usuários apontaram entrega abaixo da contratada. Além disso, problemas como queda de sinal e lentidão levaram 43% das pessoas a trocarem de operadora nos últimos dois anos.
Realizado pelo Melhor Escolha, o estudo traz um retrato atualizado da experiência com banda larga no país e mostra as principais expectativas, desafios e hábitos do público. A maioria dos entrevistados avalia a qualidade da internet residencial como “deixa a desejar” (44%) ou “ruim” (19%). Esse cenário impacta diretamente atividades que dependem de tecnologia e conexão estável, como o uso de ferramentas de inteligência artificial, videochamadas e a integração de dispositivos IoT.
Queda de sinal (32%), lentidão (23%) e travamentos em vídeos ou jogos (19%) estão entre as principais reclamações dos usuários. Esses problemas indicam instabilidade significativa no serviço e prejuízo na experiência de uso. A média mundial de uso da internet é de 6h38 por dia. Já o brasileiro passa 9h13 conectado, segundo o levantamento Consumer Pulse, da Bain & Company.
Testes revelam falhas na internet
Os testes de velocidade se consolidaram como forma de avaliar o serviço recebido. Embora 66% dos brasileiros afirmem receber uma internet abaixo da esperada. Entre aqueles que já testaram a conexão, 56% disseram ter identificado velocidade inferior à contratada e 31% dentro dos padrões. “A pesquisa aponta que o consumidor não está recebendo o serviço prometido e sofre com a instabilidade. Isso o impede de usufruir completamente de um mundo cada vez mais conectado”, avalia Hadassa Rodrigues, gerente de marketing da plataforma de comparação de planos e serviços de telecomunicação.
A insatisfação resultou em alta rotatividade: 43% dos entrevistados trocaram de operadora nos últimos dois anos, sendo que 22% mudaram duas vezes ou mais no período. Problemas técnicos são o principal motivo alegado para a troca (43%), seguido de preço (30%) e aumento de mensalidade (17%). “O fator financeiro é a razão dominante para a decisão, já que as queixas relacionadas aos valores somam 47%. E, consumidores descontentes tendem a não permanecer na mesma operadora”, conclui Paulo Soares, executivo do Melhor Escolha, que faz anualmente o ranking nacional de internet.
A pesquisa Percepção da Internet Residencial 2025 foi realizada em novembro com residentes no Brasil que possuem acesso à internet banda larga fixa. A coleta seguiu um modelo de quotas proporcionais por estado, baseado na distribuição de acessos informada pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) – Painel de Acessos 2025. Os resultados representam exclusivamente a opinião dos participantes.







