Tragédia na ponte Juscelino Kubitschek: 16 desaparecidos, um morto e risco de contaminação no rio Tocantins. Autoridades buscam soluções e apuram causas
Ponte desaba sobre o rio Tocantins
O desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, localizada na BR-226, abalou as comunidades de Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO) no domingo, 22 de dezembro de 2024. A estrutura, com 533 metros de extensão, cedeu inesperadamente, causando a queda de pelo menos 10 veículos, incluindo caminhões carregados com materiais perigosos, carros e motocicletas. As equipes de resgate ainda buscam 16 pessoas desaparecidas e confirmaram uma morte. Uma outra vítima permanece hospitalizada.
Equipes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) já foram acionadas para avaliar a situação e iniciar os trabalhos de recuperação. Autoridades locais e nacionais, como os governadores Carlos Brandão (MA) e Wanderlei Barbosa (TO), além do ministro dos Transportes, Renan Filho, realizaram vistorias na área. Segundo o governador do Maranhão, um estado de emergência foi decretado na região, e soluções provisórias estão sendo discutidas, como a construção de uma ponte temporária pelo Exército.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também se manifestou, oferecendo solidariedade às famílias das vítimas e reforçando o compromisso do governo federal com o suporte necessário para o resgate e a investigação das causas do desabamento.
Impactos ambientais e logísticos
A queda da ponte trouxe preocupações ambientais devido à possibilidade de contaminação do rio Tocantins por substâncias químicas transportadas pelos caminhões. Autoridades ambientais do Maranhão e do Tocantins emitiram alertas para que a população evite o consumo e o banho nas águas do rio. A Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema) suspendeu temporariamente a captação e o tratamento de água em Imperatriz, cidade que depende do rio para abastecimento.
As equipes de resgate interromperam temporariamente as buscas pelos desaparecidos devido aos riscos relacionados à contaminação. Entretanto, 14 mergulhadores e equipes de resgate continuam mobilizados para retomar as operações assim que as condições permitirem.
Com a interdição da BR-226, o DNIT sugeriu rotas alternativas para os motoristas que dependem da conexão entre os dois estados. Do lado tocantinense, o percurso inclui as cidades de Darcinópolis, Luzinópolis e Axixá. No Maranhão, a rota principal passa por Estreito, Porto Franco e Imperatriz, aumentando significativamente o tempo de viagem.