Sudeste tem o menor índice de felicidade no trabalho 

Sudeste tem o menor índice de felicidade no trabalho 

Estudo da Pluxee revela disparidades regionais na felicidade no trabalho, e mostra que o Brasil ainda está 6% abaixo da média global 


A Pluxee, líder mundial em benefícios e engajamento para colaboradores, divulga a segunda edição do Índice de Felicidade e Engajamento no Trabalho, realizado em parceria com a plataforma britânica The Happiness Index. O estudo ouviu mais de 16 mil profissionais em todas as regiões do Brasil e revela um avanço: os brasileiros estão 4% mais felizes no trabalho em relação ao ano passado. Ainda assim, o país segue 6% abaixo da média global, o que mostra que propósito, reconhecimento e conexões humanas continuam sendo grandes desafios para as empresas. O Sudeste, por exemplo, registrou o menor índice de felicidade do país, ficando na última posição entre as regiões.

A pesquisa utiliza uma metodologia que combina ciência de dados e neurociência para medir a experiência do trabalho de forma completa. Além de fatores racionais, como clareza e capacitação, também avalia dimensões emocionais, como segurança, relacionamentos, reconhecimento e propósito, que têm impacto direto no bem-estar e no engajamento.

Os resultados de 2025 apontam evoluções consistentes em relação a 2024: felicidade subiu de 7,3 para 7,6, engajamento de 7,1 para 7,4 e cultura organizacional de 7,2 para 7,5. Apesar desse progresso, o Brasil ainda está abaixo da média global: 6,3% menos feliz e 5,1% menos engajado. Além disso, apenas 53% dos profissionais recomendariam sua empresa como um bom lugar para trabalhar, o que evidencia a distância entre discurso e prática na construção de ambientes emocionalmente saudáveis.

Quando felicidade protege a mente

A pesquisa mostra que felicidade e engajamento refletem diretamente a saúde emocional de uma empresa. Em 2025, dimensões ligadas ao bem-estar psicológico apresentaram avanços importantes: crescimento pessoal (+6,3%), reconhecimento (+6,2%), e segurança e propósito (+4,2%).

Todos os sistemas cerebrais avaliados pela metodologia — instintivo, emocional, reflexivo e racional — apresentaram melhora. O maior salto foi no sistema reflexivo (+6,1%), ligado a propósito e crescimento pessoal, confirmando que os profissionais buscam cada vez mais sentido e evolução contínua. O reconhecimento genuíno também ganhou espaço, com alta de 6,2%, reforçando que celebrar conquistas e ouvir de verdade são práticas que sustentam o bem-estar e o engajamento.

Esses resultados indicam que mais empresas estão investindo em vínculos genuínos, líderes empáticos e culturas coerentes. Ainda assim, o índice de inspiração segue 12% abaixo da média global, revelando que muitos profissionais ainda não se sentem emocionalmente conectados às suas organizações.

“Os resultados mostram evolução, mas também deixam claro que ainda há uma lacuna importante: muitos profissionais não se sentem inspirados por suas organizações. O papel do RH é apoiar líderes a transformar discursos em atitudes, cultivando reconhecimento genuíno, clareza sobre o futuro e espaço para crescimento. Isso passa também por criar relações de confiança e segurança psicológica, porque quando as pessoas se sentem valorizadas e conectadas, o trabalho deixa de ser apenas rotina e se transforma em fonte de energia e propósito”, explica Fabiana Galetol, Diretora de Pessoas e Responsabilidade Social Corporativa da Pluxee Brasil.

Quem são e onde estão os mais felizes e engajados?

O estudo traz ainda diferentes recortes sobre felicidade e engajamento. Os dados regionais, por exemplo, revelam contrastes importantes:

  • Norte: 8,1 pontos (líder nacional)
  • Centro-Oeste: 7,8
  • Nordeste: 7,7
  • Sul: 7,6
  • Sudeste: 7,3

Os números sugerem que regiões com menor concentração de grandes centros corporativos podem oferecer ambientes mais equilibrados, enquanto áreas de alta competitividade e pressão apresentam maiores desafios para o bem-estar emocional.

Já o recorte por idade mostra que quanto mais velho o colaborador, maiores os índices de felicidade e engajamento. Profissionais de 51 a 60 anos apresentaram pontuação 6,8% superior à dos mais jovens (19 a 30 anos). Esse grupo também relatou maior comprometimento (8,6 vs. 7,7) e melhor equilíbrio entre vida profissional e pessoal (7,5 vs. 6,7).

Índice por faixa etária:

  • Acima de 60 anos: 8,0
  • 51 a 60 anos: 7,8
  • 41 a 50 anos: 7,5
  • 31 a 40 anos: 7,3
  • 19 a 30 anos: 7,3

Agronegócio lidera ranking de felicidade e engajamento no trabalho; saúde fica na última posição 

O setor mais feliz e engajado do Brasil é o de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, com média de 8,1 em uma escala de 0 a 10. Em seguida, aparecem os setores de tecnologia da informação (7,8), atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (7,7) e construção civil (7,6). Três setores empatam na média de 7,5: indústria ou fábrica de produtos de qualquer natureza, alimentação (restaurantes ou similares) e serviços de assessoria ou consultoria.

Mais abaixo no ranking estão os setores de comércio varejista ou atacadista, artes, cultura, desporto e recreação, hotelaria (hotéis ou similares), serviços de conservação e limpeza e transporte e armazenagem, todos com média de 7,4. O setor de educação aparece com 7,3, enquanto saúde humana e serviços sociais ocupa a última posição, de forma isolada, com a menor média registrada: 7,2.

Do discurso à prática

Os resultados de 2025 reforçam que felicidade no trabalho deixou de ser discurso aspiracional e se consolidou como pauta estratégica. Empresas que tratam saúde social como parte do negócio criam culturas de confiança, estimulam autonomia e constroem ambientes nos quais as pessoas realmente querem estar. “As organizações que prosperam emocionalmente são aquelas que olham para o cuidado todos os dias, e não apenas em datas de calendário. Felicidade não se resume a iniciativas pontuais: ela se constrói na escuta, no reconhecimento e na coerência entre valores e práticas”, conclui Fabiana Galetol.

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