Estados Unidos bombardeiam três usinas nucleares do Irã; ação é vista como preventiva e pode desencadear resposta dura de Teerã
EUA lançam ofensiva contra alvos nucleares iranianos
Neste sábado (21), os Estados Unidos lançaram uma ofensiva aérea contra três instalações nucleares do Irã, em um ataque que surpreendeu a comunidade internacional. Os alvos foram as usinas de Fordow, Natanz e Esfahan — todas consideradas estratégicas para o avanço do programa nuclear iraniano.
O Pentágono planejou a operação ao longo de semanas e utilizou mísseis de cruzeiro lançados de navios no Golfo Pérsico e drones armados de longo alcance. A inteligência americana teria detectado movimentações suspeitas nos complexos nucleares, indicando que o Irã estaria se preparando para enriquecer urânio em níveis próximos ao armamento nuclear.
O presidente Donald Trump confirmou a autoria da ação e disse que o Irã estava “a dias de cruzar uma linha inaceitável”. Ele afirmou ainda que os bombardeios foram “cirúrgicos e de alta precisão”, com o objetivo de “proteger o povo americano e o mundo livre”.
Irã vê violação e ameaça com retaliação proporcional
O governo iraniano reagiu com veemência, classificando o ataque como um “ato de guerra” e uma “violação direta da soberania nacional e da Carta da ONU”. Em pronunciamento, o líder supremo Ali Khamenei prometeu uma “resposta proporcional e inadiável”, sem entrar em detalhes sobre como ou quando isso ocorreria.
Embora o Irã não tenha confirmado danos específicos, imagens de satélite sugerem destruição significativa nas instalações de Natanz e Esfahan. As usinas atingidas estavam entre as mais avançadas do programa nuclear iraniano e foram objeto de inspeções da Agência Internacional de Energia Atômica.
Autoridades iranianas também acusaram Israel de ter colaborado com os Estados Unidos na coleta de informações para o ataque. A tensão aumentou nas principais cidades iranianas, e os militares foram colocados em estado de alerta em diversas regiões do país.
Comunidade internacional reage com cautela
A ofensiva americana gerou respostas imediatas de países e organizações internacionais, que pedem contenção e retorno ao diálogo diplomático. A ONU convocou reunião emergencial do Conselho de Segurança para discutir o impacto do ataque na estabilidade do Oriente Médio.
Rússia e China condenaram fortemente a ação, chamando-a de “irresponsável e desestabilizadora”. Já aliados dos EUA, como Israel e Reino Unido, expressaram apoio à operação e reforçaram a legitimidade da “autodefesa contra uma ameaça iminente”.
O ataque acontece em meio à estagnação nas negociações para retomar o acordo nuclear de 2015, abandonado pelos EUA em 2018. Com a escalada, diplomatas temem que a janela para um acordo definitivo esteja se fechando rapidamente, reacendendo o risco de uma guerra aberta.