Levantamento da Quaest revela que 90% das menções à possível camisa vermelha da Seleção Brasileira foram negativas em dois dias
A polêmica sobre uma possível camisa vermelha da Seleção Brasileira teve início na tarde de segunda-feira, (28). O site Footy Headlines, conhecido por antecipar lançamentos de uniformes, divulgou imagens não oficiais do que seria o novo uniforme número 2 do Brasil para a Copa de 2026.
O modelo, com camisa vermelha e calção preto, gerou forte repercussão. As imagens viralizaram em redes como X (ex-Twitter), Instagram e YouTube, sendo interpretadas por muitos como uma ruptura com as cores da bandeira nacional.
Rejeição massiva nas redes sociais
Segundo levantamento da Quaest, entre os dias 28 e 29 de abril, mais de 24 milhões de menções sobre o tema foram registradas. Cerca de 90% das reações foram negativas, com um alcance estimado de 43 milhões de visualizações nas redes. A rejeição foi motivada, principalmente, pela percepção de que a cor vermelha rompe com a tradição das cores nacionais: verde, amarelo, azul e branco. O debate logo ultrapassou o campo esportivo e passou a ocupar espaço político e ideológico.
Políticos de direita como Flávio Bolsonaro, Romeu Zema e Ricardo Salles protestaram contra a ideia da nova cor. O argumento comum foi de que a camisa vermelha remeteria à esquerda, ao PT e até a governos estrangeiros, como China e Rússia. A repercussão foi tamanha que o deputado Zé Trovão apresentou um projeto de lei proibindo a Seleção de usar qualquer cor fora das da bandeira nacional.
Na outra ponta, figuras de esquerda defenderam a renovação visual como legítima, mas muitos também pediram cautela para evitar politização.
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) reagiu à pressão e afirmou que as imagens divulgadas não são oficiais. Em nota, a CBF informou que definirá o novo uniforme em conjunto com a Nike, patrocinadora da Seleção. Apesar disso, o site UOL apurou que a CBF já recebeu e discutiu um modelo vermelho escuro com a fornecedora. A CBF e a Nike planejam lançar o uniforme em março de 2026, antes da Copa do Mundo nos EUA, Canadá e México.
Fonte: G1