Nova reforma tributária elimina impostos para 22 itens da cesta básica e aumenta a tributação sobre bebidas açucaradas e selecionadas
Redução de impostos para alimentos essenciais
Após três décadas de debates no Congresso, a reforma tributária foi regulamentada em 16 de janeiro. A nova legislação estabelece alíquota zero para 22 itens da cesta básica nacional, como arroz, feijão, leite, pão francês e diversas carnes. A lista também inclui produtos regionais, como mate e óleo de babaçu. Além disso, 14 alimentos terão uma redução de 60% na alíquota padrão, entre eles óleos vegetais, sucos naturais sem açúcar e hortaliças.
Em contrapartida, a reforma institui o Imposto Seletivo, que impõe taxas adicionais a produtos classificados como nocivos à saúde ou ao meio ambiente. Bebidas açucaradas e alcoólicas estão entre os itens que sofrerão essa tributação diferenciada. A medida busca desestimular o consumo desses produtos e incentivar hábitos mais saudáveis entre os brasileiros.
A desoneração fiscal dos produtos da cesta básica tem o objetivo de tornar esses alimentos mais acessíveis à população. No entanto, especialistas alertam que a redução de preços dependerá de fatores como a cadeia produtiva e a dinâmica de oferta e demanda. Alimentos com processos produtivos mais longos podem se beneficiar mais das deduções fiscais, enquanto produtos in natura podem sofrer menor impacto nos valores finais.
Implementação gradual das mudanças
A reforma tributária será implementada gradualmente entre 2026 e 2033. Durante esse período, o Imposto sobre Valor Agregado (IVA) substituirá sete tributos atualmente aplicados ao consumo, buscando simplificar a tributação e reduzir a cumulatividade de impostos.
A nova política tributária representa uma transformação significativa na economia brasileira, com potencial para impactar tanto os hábitos de consumo quanto o custo de vida da população. Enquanto a isenção de impostos sobre a cesta básica visa aliviar o orçamento das famílias, a taxação de produtos prejudiciais à saúde reflete uma preocupação com o bem-estar coletivo. O sucesso dessas medidas dependerá da forma como serão implementadas e da reação dos mercados e consumidores.