Daniel Noboa conquista reeleição no Equador com 56% dos votos, prometendo ampliar ações contra o narcotráfico e enfrentar desafios econômicos
Daniel Noboa, de 37 anos, foi reeleito presidente do Equador neste domingo (13), obtendo 56% dos votos contra 44% de Luisa González, segundo o Conselho Nacional Eleitoral. A vitória foi considerada irreversível, mesmo com denúncias de fraude por parte da adversária, que não apresentou provas. Observadores internacionais atestaram a transparência do pleito.
A eleição ocorreu em meio a um cenário de violência crescente e crise econômica. Noboa, que assumiu a presidência em 2023 após eleições antecipadas, agora inicia seu primeiro mandato completo de quatro anos.
Perfil do Daniel Noboa
Nascido nos Estados Unidos, Noboa é herdeiro de um império do setor bananeiro. Formado em administração de empresas pela Universidade de Nova York e em administração pública pela Harvard Kennedy School, também possui pós-graduação em governança e comunicação política pela Universidade George Washington. Casado com a influenciadora Lavinia Valbonesi, de 26 anos, com quem tem dois filhos, Noboa é conhecido por seu estilo informal nas redes sociais, onde se apresenta como católico devoto e próximo do povo.
O Equador enfrenta uma das maiores taxas de homicídios da América Latina, com 38,8 por 100 mil habitantes. A economia também preocupa, com queda de 2,5% no PIB em 2024 e 31,9% da população vivendo na pobreza. Noboa promete intensificar o combate ao narcotráfico, mantendo a política de “mão dura” que inclui o uso das Forças Armadas nas ruas e prisões. No entanto, organizações de direitos humanos criticam abusos da força pública e a declaração de conflito armado interno. Além disso, o presidente reeleito enfrenta um Parlamento dividido, com forte oposição do correísmo, o que pode dificultar a aprovação de suas propostas. Analistas alertam que a falta de avanços significativos na segurança nos próximos meses poderá comprometer sua legitimidade.