EUA impõem tarifas de 25% sobre aço e 10% sobre alumínio. Trump ameaça taxas recíprocas contra países que taxam produtos americanos
Trump oficializa tarifas sobre aço e alumínio
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou que aplicará tarifas de 25% sobre as importações de aço e 10% sobre o alumínio. A medida, que será anunciada oficialmente nesta segunda-feira (10), abrange exportações de todos os países para os EUA, sem exceções.
A decisão impacta grandes fornecedores como Brasil, Canadá, México, Coreia do Sul e Japão. Em 2024, o Brasil exportou 4,08 milhões de toneladas de aço para os EUA, ficando atrás apenas do Canadá, que enviou 5,95 milhões de toneladas. O México aparece na sequência, com 3,19 milhões de toneladas.
Segundo Trump, a taxação visa proteger a indústria siderúrgica americana, reduzir déficits comerciais e garantir segurança nacional. “Precisamos que a produção de aço e alumínio volte ao nosso país. Isso é vital para nossa defesa e para os empregos americanos”, afirmou o presidente a jornalistas no Air Force One.
Tarifa recíproca e reações internacionais
Além das tarifas sobre metais, Trump planeja impor taxas recíprocas a países que taxam produtos americanos. O presidente citou nações como Índia, União Europeia, China, Canadá e México como alvos dessa política.
“Se um país impõe tarifas altas sobre produtos americanos, faremos o mesmo”, disse Trump. Segundo ele, o anúncio pode ocorrer entre terça e quarta-feira. A ideia é pressionar parceiros comerciais a reduzirem barreiras às exportações dos EUA.
A União Europeia já alertou que pode retaliar, atingindo produtos icônicos americanos como uísque bourbon e motocicletas Harley-Davidson. A China, por sua vez, anunciou que avaliará contramedidas, ampliando as tensões comerciais entre as maiores economias do mundo.
No Brasil, o governo ainda não definiu uma resposta, mas especialistas alertam que a medida pode prejudicar siderúrgicas brasileiras e elevar custos para exportadores. A ministra da Indústria, Luciana Santos, disse que o país buscará diálogo com Washington para evitar maiores impactos.
O mercado financeiro reagiu com volatilidade à decisão. Ações da Gerdau, que possui fábricas nos EUA, subiram 3%, enquanto a CSN, mais exposta ao mercado brasileiro, caiu 0,5%.
O impacto completo das tarifas ainda será analisado, mas a decisão reforça a postura protecionista de Trump, que promete endurecer políticas comerciais em seu governo.