População subestima impacto da obesidade na saúde do coração, aponta pesquisa da Novo Nordisk

Balança

Análise conduzida pelo Instituto Datafolha revelou que 58% dos brasileiros acima do peso possuem alguma condição de saúde (como pressão alta, problemas nos ossos ou nas articulações, colesterol alto etc.), mas apenas 23% desse público se sente com alto risco por tais condições;
Entre participantes com sobrepeso ou obesidade, 27% têm pressão alta, 18% têm problemas nos ossos ou nas articulações (como coluna, joelho etc.) e 15% têm colesterol alto.

Análise da pesquisa Datafolha

A Novo Nordisk, líder global em saúde, divulga uma nova análise da pesquisa conduzida pelo instituto Datafolha entre os dias 10 e 14 de junho de 2024. O levantamento entrevistou 2.012 brasileiros acima de 16 anos em todo o país. Os resultados revelaram que 18% dos brasileiros reconhecem possuir sobrepeso e/ou obesidade. Além disso, 58% afirmam ter ao menos uma condição de saúde, mas apenas 23% desse público se sentem com alto risco por tais condições.

Esses dados são alarmantes, especialmente considerando que 27% dos entrevistados têm pressão alta. Outros índices mostram que 18% sofrem com problemas nos ossos ou nas articulações, como coluna e joelho, e 15% têm colesterol alto. Esses índices são significativamente maiores quando comparados aos indivíduos sem sobrepeso, onde apenas 10% possuem pressão alta e 9% têm colesterol alto.

Riscos subestimados à saúde

Os números alertam para o risco de se subestimar os perigos à saúde, especialmente aqueles relacionados a condições cardiovasculares. A hipertensão e o diabetes são problemas que afetam milhões de brasileiros, e a obesidade está fortemente ligada a essas condições.

Priscilla Mattar, endocrinologista e vice-presidente da Área Médica da Novo Nordisk Brasil, ressalta a necessidade urgente de tratar a obesidade como uma questão central de saúde. Segundo ela, a obesidade não é apenas uma questão estética, mas uma condição de saúde crônica que impacta profundamente o risco de desenvolver doenças graves. Entre essas, destacam-se a hipertensão, o diabetes e as doenças do coração, que são a principal causa de morte no País.

Avanços no tratamento da obesidade

Mattar prossegue afirmando que, nos últimos anos, houve um avanço significativo no tratamento da obesidade. Chegamos a uma nova era, marcada por mais tecnologia e inovação. Isso possibilita garantir proteção cardiovascular a pacientes com sobrepeso ou obesidade.

Com o estudo SELECT, foi possível comprovar que a semaglutida 2,4 mg vai além da perda de peso. Ela oferece uma proteção real e significativa contra eventos cardiovasculares graves em pessoas com obesidade. Este estudo destaca a semaglutida como uma importante ferramenta na prevenção e no cuidado de doenças cardíacas.

O estudo SELECT e seus resultados

O estudo SELECT (Efeitos da Semaglutida nos Desfechos Cardiovasculares em Pessoas com Sobrepeso ou Obesidade) foi um ensaio multicêntrico. Ele foi randomizado, duplo-cego, controlado por placebo e orientado por eventos. O objetivo foi avaliar a superioridade de semaglutida 2,4 mg em comparação ao placebo na redução do risco de eventos cardiovasculares adversos graves em pacientes com sobrepeso ou obesidade e doença cardiovascular estabelecida, sem histórico prévio de diabetes.

Em maio deste ano, apresentaram-se novas análises dos resultados. Elas demonstraram que o tratamento com semaglutida 2,4 mg proporciona perda de peso robusta e sustentada por até 4 anos. Além disso, o tratamento reduz o risco de MACE (que consiste em morte cardiovascular, infarto do miocárdio ou acidente vascular cerebral não fatal), independentemente da perda de peso alcançada. O estudo ainda garante uma relação risco-benefício positiva geral do tratamento, com um perfil de segurança consistente.

Eficácia da semaglutida

O programa de estudos STEP já havia comprovado que a semaglutida 2,4 mg apresenta redução média de 17% do peso. Importante notar que um terço dos pacientes apresenta redução superior a 20%. O estudo SELECT foi pioneiro ao comprovar uma redução de 20% no risco de eventos cardiovasculares adversos maiores (MACE) em pacientes com sobrepeso ou obesidade e doença cardiovascular estabelecida.

O ensaio, iniciado em 2018, recrutou 17.604 adultos e foi conduzido em 41 países, abrangendo mais de 800 locais de investigação. Essa pesquisa é um marco importante para entender o impacto da obesidade na saúde cardiovascular e para aprimorar as opções de tratamento disponíveis.

Impacto da obesidade no Brasil

De acordo com um estudo da Fiocruz, até 2044 quase metade (48%) dos adultos brasileiros terá obesidade, e 27% estarão com sobrepeso. Hoje, 56% da população adulta já convive com essas condições (34% com obesidade e 22% com sobrepeso).2 O excesso de peso está diretamente relacionado a graves consequências para a saúde: nos próximos 20 anos, estima-se o surgimento de 10,9 milhões de novos casos de doenças crônicas associadas ao sobrepeso, como diabetes (5,57 milhões de casos), doenças cardiovasculares (2,12 milhões), além de câncer, cirrose e doença renal crônica. Estima-se ainda 1,2 milhão de mortes associadas ao excesso de peso, sendo que 57% delas serão causadas por doenças cardiovasculares. 2 O diabetes representará mais de 51% dos novos casos de doenças crônicas ligadas à obesidade. 2


Estudos comprovaram que a obesidade aumenta em 49% o risco de doença coronariana, mesmo na ausência de outras anormalidades metabólicas. “Ou seja, aumenta o risco de o paciente sofrer um infarto, mesmo apresentando exames normais. Na Novo Nordisk, nosso compromisso é assegurar que o tratamento dessa doença crônica não aborde apenas o peso na balança, mas que também auxilie na preservação da saúde do coração, promovendo assim uma vida mais longa e saudável”, esclarece Mattar.


Sobre a semaglutida 2,4 mg

Trata-se do primeiro e único tratamento para obesidade com benefício e proteção cardiovascular comprovados, além de ser, no País, o primeiro e único análogo semanal do GLP-1 aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para tratar pessoas que vivem com obesidade e sobrepeso com ao menos uma comorbidade relacionada ao peso.


Pesquisas clínicas comprovaram que o medicamento apresenta redução média de 17% do peso, sendo que um terço dos pacientes apresentam redução superior a 20%. Além disso, há uma diminuição de 20% no risco de eventos cardiovasculares adversos maiores (MACE, que consiste em morte cardiovascular, infarto do miocárdio ou acidente vascular cerebral não fatal). Também já foi comprovado que a redução no risco de MACE ocorre independentemente da perda de peso desses pacientes. Essa perda de peso se mostrou sustentada ao longo de 4 anos, com uma relação positiva de risco-benefício e um perfil de segurança consistente.


Todos os produtos da Novo Nordisk da classe GLP-1 são tarja vermelha e por isso só podem ser vendidos sob prescrição médica.


Sobre a pesquisa conduzida pelo Datafolha

Em agosto, a pesquisa do Datafolha encomendada pela Novo Nordisk revelou que a maioria dos brasileiros (59%) está acima do peso (24% com obesidade e 35% com sobrepeso), mas apenas 11% possuem diagnóstico médico confirmado. Ainda entre este público, 61% afirmam que possuem boa saúde e 42% não apontam qualquer condição de saúde relacionada ao excesso de peso.

No total da amostra, 72% dos brasileiros dizem estar satisfeitos com o próprio peso, mas que 63% dizem que gostariam de mudá-lo – 17% querem ganhar e 46% perder peso.


A pesquisa, que teve abrangência nacional, entrevistou 2.012 brasileiros com idade média de 43 anos. A amostra foi desenhada de forma representativa em termos de gênero, classe social e região do país, e conduzida para explorar as percepções dos brasileiros em relação ao sobrepeso e obesidade.

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