Incêndio em subestação elétrica fecha aeroporto de Heathrow, cancelando mais de 1.300 voos e afetando cerca de 290 mil passageiros
O Aeroporto de Heathrow, em Londres, foi abruptamente fechado nesta sexta-feira (21), devido a um incêndio em uma subestação elétrica localizada em Hayes, no oeste de Londres. O incidente causou uma queda de energia significativa, levando ao cancelamento de 1.357 voos programados para o dia e afetando aproximadamente 290 mil passageiros. A paralisação das operações também impactou o tráfego aéreo global, causando um efeito cascata nos aeroportos da Europa e do mundo.
Impacto global do fechamento
O fechamento de Heathrow, um dos aeroportos mais movimentados do mundo, teve repercussões globais. Voos com destino a Londres foram desviados para outros aeroportos europeus, como Frankfurt, Amsterdã, Munique e Madri. No Reino Unido, aeronaves foram redirecionadas para Manchester, Cardiff e Gatwick. Algumas companhias aéreas optaram por retornar ao ponto de origem ou pousar em locais mais distantes, como Islândia, Canadá e Irlanda. Passageiros relataram caos nos terminais de aeroportos alternativos, enfrentando filas longas e falta de informação clara das companhias aéreas sobre novas datas de embarque.
A British Airways, principal operadora em Heathrow, recomendou que seus clientes não se deslocassem para o aeroporto até novo aviso. A Virgin Atlantic cancelou todos os seus voos com chegada e partida de Heathrow até a próxima segunda-feira, 24 de março. A EasyJet mobilizou sua frota de aviões de grande porte em rotas estratégicas para realocar passageiros afetados pelos cancelamentos. Estima-se que milhares de passageiros precisarão ser acomodados em hotéis até que suas viagens possam ser remarcadas.
A situação também impacta o setor de cargas aéreas, uma vez que Heathrow é um dos principais hubs de transporte de mercadorias na Europa. Empresas de logística estão tentando redirecionar suas cargas para outros aeroportos do continente, o que pode resultar em atrasos na entrega de bens essenciais e suprimentos comerciais.
Investigação e previsão de retomada
A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) criticou a administração de Heathrow por não possuir um plano de contingência eficaz para a distribuição de energia. O incêndio, que começou na madrugada, deixou não apenas o aeroporto sem energia, mas também afetou aproximadamente 16 mil residências e empresas na área. Os moradores relataram apagão total por horas, enquanto equipes de emergência tentavam restaurar o fornecimento elétrico.
As causas do incêndio estão sendo investigadas pela unidade antiterrorista da Polícia Metropolitana de Londres, embora não haja indícios de sabotagem até o momento. Mobilizaram cerca de 70 bombeiros para combater as chamas na subestação elétrica de North Hyde, em Hayes. As autoridades estabeleceram um perímetro de segurança de 200 metros e evacuaram aproximadamente 150 pessoas das proximidades. O Corpo de Bombeiros londrino informou que demorou mais de sete horas para conter o fogo completamente.
O Aeroporto de Heathrow anunciou que espera retomar parcialmente as operações a partir das 19h00 (horário local) desta sexta-feira, com voos de longa distância para destinos como Joanesburgo, Singapura e Sydney. A expectativa é de que o aeroporto funcione plenamente no sábado, 22 de março. No entanto, as autoridades alertam que a normalização completa das operações pode levar alguns dias, devido à necessidade de reposicionar aeronaves e tripulações.